em_construção

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sempre, mas na tranquilidade

sábado, 31 de maio de 2008

vicissitudes de uma idiota

a 33 dias de abrir ao público!

este será um diário a várias mãos e alguns pés (espero!)

algo onde podemos despejar as milhares de coisas que nos vão acontecendo, e são milhares
que o digam as paredes do espaço
"olha o que eu encontrei"
"isto é demais!"
"vem ver! vem ver!"
"não acredito"
“já viste isto”
junta-se o risco de naquele momento, mesmo antes de adormecer se atravessar um detrito, um farrapo encontrado e não catalogado
e é certo que a noite será agitada, trespassada de imagens, sons e às vezes cheiros e sabores...
o trabalho de limpeza do espaço, que se previa duro e monótono, e a fazer rápidamente, tornou-se quase um trabalho de escavação arqueológica
e tudo o que se encontra é aproveitavel
é textura
é instalavel
o grande esforço agora é ter uma visão global
e poder curtir esse instalar sem se perder as dimensões do espaço,
porque afinal o modelo a seguir é dos jardins japoneses
esse despojado, esse "clean"
é que a imensidão do espaço não se compadece com a escassez de algumas texturas que tanto gostamos
e é ali que as temos que encontrar, para sermos fieis ao nosso mote


Método deste trabalho: montagem (...). Não tenho nada a dizer. Só a mostrar. Não vou roubar nada de valor, nem me vou apropriar de nenhuma formulação transcendental. Mas os farrapos, os detritos, esses não os quero inventariar, mas deixá-los vir da única maneira possível: usando-os”

Walter Benjamin, Das Passagen-Werk, Trad . Luz da Camara